domingo, 4 de julho de 2010

Massagem "Ai Ui Vééeio Isso Dói"!!!

Eu, assim como muitas outras mulheres que trabalham, ando muito cansada e estressada. Uma amiga minha também. Foi assim que resolvemos fazer "um dia só de mulher": massagem e compras. Pesquisei na internet e caiu na minha caixa de e-mails uma oportunidade imperdível. Massagem com um super desconto. Liguei para a "clínica", tirei minhas dúvidas e decidi. Cadastrei-me nesta empresa de compras coletivas e comprei 2 massagens, uma para mim e outra para minha amiga, por R$ 49,90 cada. Massagem ayurvédica.

Correu tudo certo, recebi os vouchers (cupons com código de barras) e marquei a data. Seria um dia perfeito. Sábado. Iríamos comprar roupas de manhã, depois almoçar algo bem leve, e em seguida relaxar na massagem.

Compramos roupas, almoçamos e fomos, felizes, para a clínica, chamada Via Vidya. Chegando lá, cada uma de nós foi para uma pequena sala, com um colchonete no chão, e uma música suave tocando. A terapeuta disse para eu tirar a roupa e me deitar de barriga para baixo e saiu da sala. Fique de calcinha e sutiã e quando ela voltou, disse para tirar também o sutiã, pois iria passar muito óleo no corpo e assim deslizaria melhor. Ok. Ela fez algumas perguntas, data de nascimento, se fiz cirurgias, se já fiz massagem antes (sim), se conhecia este tipo, ayurvédica(não), etc.

Então ela começou. Pelas costas. Os movimentos eram rápidos e bem fortes. Fui aguentando, imaginando que estava desacostumada e com a musculatura tensa pelo estresse. Ela pegou meus músculos do ombro como quem amassa massa de pão. Eu falei que estava doendo muito. Nada mudou. Fui ficando preocupada, mas ao mesmo tempo imaginando que a qualquer momento a massagem ficaria agradável. Perguntei em que se baseava este tipo de massagem, e ela disse que era uma massagem vigorosa que reconectava todo o corpo para a energia fluir melhor. E nisso, de repente, sem aviso, ela apertou o meu nervo siático, que fica no meio do bumbum, com toda a força que conseguiu. Minha reação foi segurar a mão dela, após soltar um "aiiiiiiiiii pelamor de Deus, pára!!!!" E ela simplesmente continuava! Pedia para eu respirar fundo e falava que a dor era uma coisa que nós alimentávamos, que dramatizávamos, que tínhamos que tirá-la de foco e blá blá blá... E eu só via estrelas e queria sair correndo dali! Eu falei que não ia aguentar, que não queria mais, mas ela não tirava as mãos de mim. Fez tudo de novo do outro lado, sob os meus protestos e lamentações. Que fosse mais devagar então!!! Nada.

Virei de barriga para cima, suando em bicas, morrendo de medo do que me esperava. A sessão de tortura continuou. A pressão que ela fazia no músculo da coxa era insuportável. Eu pulava feito um sapo. Ficava imaginando se minha amiga estaria viva. A terapeuta me olhava como se eu fosse um ET. Senti dores tão fortes que em alguns momentos as lágrimas brotaram involuntariamente dos meus olhos. Senti um misto de raiva, vergonha e vontade de chorar, além da dor, claro. Por fim, ela apertou alguns pontos da minha cabeça, com bastante força, mas sabem como é, a cabeça é dura, né? hehehe Aí pensei, ou ela quebra meu pescoço ou vou ter mais essa história pra contar. Deu umas porradas com o dedo em cima do meu nariz, bem entre os olhos, umas mil vezes, uns tapinhas como os dedos em todo o meu rosto, e finalizou com um "Namastê". Que vontade de sumir.

Limpei aquele óleo do meu corpo e o rímel borrado, me vesti e saí. Encontrei minha amiga (viva!) na sala de espera e saímos nos entreolhando. Quando saímos de lá, começamos a perguntar, "Meu, o que foi isso?", "Ela fez isso, fez aquilo, você sentiu dor?". Na hora demos muita risada, fomos esperando relaxar e nos sentimos apanhando. Mas a terapeuta dela pegou mais leve, ela ficou assustada com alguns movimentos bruscos, mas consegui "suportar", se é que isso é normal em se tratando de massagem.

Sei que conforme as horas passavam, meu corpo doía mais e mais e quando cheguei em casa já apareciam os primeiros hematomas no bumbum, costas e coxas. Meu marido ficou abismado quando viu, achou um absurdo. Precisei tomar um Dorflex e um banho de banheira bem quente com sal grosso, para amenizar as dores. Doía tudo, da cabeça aos pés, mas as costas e as nádegas latejavam. No dia seguinte os hematomas estavam horrorosos, meu bumbum ficou todo roxo, eu mancava, até a calcinha incomodava. Tirei fotos, mas meu marido não deixou postar aqui, por serem locais indiscretos.

Bem, acabei mandando um e-mail para a clínica, relatando o ocorrido, e o dono me ligou para se desculpar, dizendo que a terapeuta foi negligente. Ofereceu-me uma massagem feita por ele, mas eu quero distância desta coisa. Nada pode pagar a dor e o constrangimento que senti. Espero que tomem sérias providências. Massagem não pode doer, em hipótese alguma. Massagem tem que ser gradativa, aumentando a intensidade ao longo do tratamento. E tem que ser agradável.

Portanto, vai um alerta: massagem, só com indicação de alguém de confiança. Em clínicas habilitadas, com profissionais diplomados e experientes. Ai minhas costas...